Militar ainda foi no enterro da vítima como se nada tivesse ocorrido
Um ex-sargento da Polícia Militar de Minas Gerais foi condenado, nessa quinta-feira (22 de fevereiro), a 21 anos de prisão em regime fechado. Ele foi apontado como o responsável pela morte da própria prima, de 34 anos, em 2021. Após o crime, o homem foi excluído da corporação.
As investigações apontaram que o militar cometeu o crime com o intuito de receber indenizações de seguro de vida da vítima, Nayara Andrade, que ultrapassavam R$ 15 milhões. Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, a manicure foi morta em um salão de beleza no bairro Barra, em Muriaé, no dia 1º de junho de 2021. Ela chegou a ser socorrida com vida e disse que tinha sido vítima de um roubo. Na versão dela, um homem desembarcou de um veículo sem placa, pediu o celular dela e deu cinco tiros atingindo as pernas e tórax da mulher, que morreu um dia após ser internada.
Depois das investigações, a polícia descobriu que o autor do crime era o sargento, primo da vítima. Ele forjou documentos para receber indenizações relativas a seguros de vida contratados em nome da vítima que somam R$ 15 milhões.
Eliane Maria Rocha, mãe de Nayara, contou que o suspeito foi ao velório e no enterro da vítima como se nada tivesse ocorrido. À época do crime, a mulher contou que os primos foram criados praticamente juntos. “Ele era muito próximo da gente, eles eram praticamente da mesma idade. Todo mundo junto, ele acompanhou a família depois da morte dela, foi ao velório e ao sepultamento da minha filha normalmente", explicou.
Após a condenação nessa quinta-feira, a defesa do sargento afirmou à imprensa local que vai recorrer da sentença. O militar está preso desde 2021. Há seis meses, foi encaminhado para um presídio em Uberlândia. Um cabo, que teria ajudado o sargento no crime, também está preso em Belo Horizonte.
Foto: Rádio Muriaé
Fonte: O tempo