Estudantes da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) denunciam o crime de racismo cometido durante um trote estudantil realizado no dia 11 de março no campus de Frutal, na região do Triângulo Mineiro. Placas com as palavras "bombril" e "asfalto" foram penduradas em alunas negras. A instituição de ensino ainda não se manifestou sobre o ocorrido.
A denúncia foi feita pelo Coletivo Ágora Negra, em conjunto com o Diretório Acadêmico "Chapa Igualité", em uma rede social. "É vexatório e inadmissível que esta nota esteja sendo redigida em 2024. Repudiamos veementemente todas e quaisquer atitudes racistas, que não devem passar despercebidas. A Universidade do Estado de Minas Gerais deve ser um local de ensino e acolhimento para o universo de diversidade que são os seus estudantes", destacou.
O Time Recreativo Esportivo do Direito (RED-Direito) e o Centro Acadêmico de Geografia também repudiaram a conduta racista do trote estudantil. Em nota, publicada em seu perfil na rede social, o Centro Acadêmico se mostrou solidário às vítimas, e se colocou à disposição de iniciativas que possam combater qualquer forma de preconceito.
"Como representantes dos estudantes, não compactuamos com tais ações e reiteramos nosso compromisso com a promoção da igualdade, diversidade e respeito mútuo dentro da universidade. É fundamental que todos os membros da comunidade acadêmica estejam engajados na construção de um ambiente inclusivo e livre de discriminação", manifestou.
Fonte: Jornal O Tempo