Um adolescente de 16 anos, preso sob suspeita de assassinar a médica oftalmologista Paula Sandri Frantz, de 33 anos, em Itajubá (MG), confessou à polícia que receberia R$ 20 mil para cometer o crime. A vítima foi morta a tiros dentro de seu carro, no bairro Morro Chic, na tarde desta segunda-feira (7). A motivação do assassinato estaria ligada ao descumprimento de um acordo referente à venda fraudulenta de um trator no valor de R$ 300 mil.
Segundo a Polícia Militar, Paula foi atingida por seis disparos. O adolescente foi detido em um bloqueio policial em Delfim Moreira (MG), juntamente com um comparsa de 25 anos, cerca de 20 minutos após o crime, quando tentavam fugir.
No boletim de ocorrência, consta que o adolescente relatou ter sido contratado para executar a médica e que receberia a quantia de R$ 20 mil pelo serviço. Ele afirmou ter viajado de Campo Grande (MS) com o outro suspeito e chegado a Itajubá na sexta-feira (4), hospedando-se em um hotel para aguardar o momento de agir.
Os suspeitos teriam monitorado a rotina da vítima e sabiam o horário em que ela costumava almoçar. Ao avistarem a médica entrando em sua caminhonete S10, o adolescente teria saído do banco traseiro do carro em que estavam, um Peugeot, se aproximado e efetuado os disparos.
A Polícia Militar, ao chegar ao local do crime, encontrou Paula Sandri Frantz sem vida no banco do motorista, com diversas perfurações pelo corpo. O óbito foi confirmado pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A identificação do veículo utilizado no crime foi possível através de imagens de câmeras de segurança de residências próximas, o que permitiu à polícia realizar um cerco e interceptar os suspeitos na MG-350, em Delfim Moreira.
O homem de 25 anos relatou à polícia que, em 2022, esteve preso com o pai da vítima, conhecido como “Alemão”. Segundo seu depoimento, eles teriam planejado um golpe para vender um trator de forma fraudulenta pela internet, anunciando-o por R$ 700 mil, mas concretizando a venda por R$ 300 mil, valor depositado na conta da médica. O suspeito alega que Paula tinha conhecimento do esquema e receberia uma porcentagem da venda, mas não teria repassado a parte dos golpistas, ficando com o valor total, o que teria motivado o crime. Essa versão ainda está sendo investigada pela polícia.
O Hospital de Clínicas de Itajubá, onde Paula Sandri Frantz trabalhava, divulgou uma nota de pesar, lamentando a morte da médica, que era querida por colegas e pacientes. O corpo da médica está sendo velado em Itajubá, mas a família ainda não definiu o local do sepultamento.
Fonte: Site da Gazeta Brasil