Polícia Civil de Juiz de Fora prende trio suspeito de cometer furtos de celulares em diferentes cidades do país
DIVERSOS
Publicado em 20/03/2019

 

Um rapaz, de 20 anos, e dois homens, de 35 e de 38 anos, que estão presos em Juiz de Fora, devem responder por associação criminosa e furto duplamente qualificado. Este é o resultado da primeira fase de apuração de dois arrombamentos e furtos de mais de 100 celulares, que causou prejuízo de mais de R$ 130 mil a um quiosque e a uma loja de celulares no Shopping Jardim Norte, em janeiro e em fevereiro deste ano.

Este desfecho e o anúncio da sequência da apuração foram explicados em coletiva na manhã desta quarta-feira (20) pelo delegado Samuel Neri, titular da 3ª Delegacia, que comandou a investigação.

O rapaz e o homem de 35 anos foram presos no dia 13 em Santo Antônio do Descoberto (GO), onde moram, durante a operação "Ícaro" deflagrada pela Polícia Civil de Juiz de Fora. O cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão teve a participação das polícias de Goiás, Ceará e do Distrito Federal, além de uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Minas Gerais.

"Chegamos aos presos a partir de investigações e trocas de informações entre o serviço de inteligência das polícias dos três estados e do Distrito Federal, articulada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A partir disso, trocamos dados sobre identificação de suspeitos e casos com modo de agir semelhante", explicou Neri em entrevista ao G1.

O outro homem de 38 anos não foi localizado no dia da operação. Ciente de que era procurado, se apresentou na Delegacia em Juiz de Fora. Os três foram ouvidos e encaminhados ao sistema prisional na cidade.

Em nota, o Shopping Jardim Norte parabenizou a Polícia Civil pela agilidade nas investigações e a consequente prisão dos suspeitos. Acrescenta, ainda, que colaborou com as investigações, fornecendo às autoridades todas as informações e imagens do sistema de segurança do shopping. Por meio destas imagens, a Polícia Civil conseguiu identificar o rosto dos suspeitos, além de identificar o modelo e a placa do carro utilizado pelos mesmos.

 

Ladrões itinerantes

 

Segundo Samuel Neri, foi identificado que os três suspeitos agiam em conjunto para furtar apenas celulares. Há registro de casos em São Paulo, Goiás, Ceará, Minas e no Distrito Federal. As apurações indicaram que eles aproveitaram brechas de segurança para furtar em Juiz de Fora.

“Os três autores ingressaram no shopping se passando por clientes. Assim que o quiosque da operadora de telefonia fechou, aproveitando da fragilidade da segurança, arrombaram a lona de proteção e, enquanto um dos integrantes da associação entrou para pegar os aparelhos celulares, os demais ficaram vigiando o local. Neste ato, foram subtraídos 43 aparelhos celulares, que totalizam um prejuízo à vítima de R$ 74 mil”, explicou durante a coletiva.

No segundo furto, em fevereiro, eles teriam entrado no shopping na parte da manhã. “O shopping abre as portas antes das lojas abrirem, por conta da padaria e da academia que lá se encontram instaladas. Aproveitando mais uma vez do descuido da segurança e do sistema de monitoramento, conseguiram ingressar no interior de uma loja de telefonia móvel e subtrair cerca de 58 aparelhos celulares, causando um prejuízo de R$ 60 mil”, informou o delegado em coletiva.

De acordo com Samuel Neri, a ação integrada permitiu a localização e identificação dos autores. “Eles viajavam por diferentes estados para realizar furto em lojas de celulares. E acreditavam que isso dificultaria a identificação, porque não estariam no local onde cometeram o crime. Demandou muito trabalho, mas com a troca de informações de inteligência, chegamos à identificação deles e demos uma resposta rápida aos crimes cometidos em Juiz de Fora".

O delegado explicou que o trio será indiciado por associação criminosa, já que agiam em conjunto e por furto duplamente qualificado, por ser feito em grupo e com arrombamento de obstáculo. O inquérito será concluído e remetido em breve para a 1ª Vara Criminal da cidade. Eles podem ser condenados a uma pena em torno de 15 anos de prisão.

E as prisões não significaram o fim do trabalho. "Agora vamos iniciar uma segunda etapa, um desdobramento, para identificar outros envolvidos e localizar o paradeiro dos produtos furtados, que ainda não foram recuperados", explicou o delegado.

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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