Logística e recursos humanos da primeira fase
O governo também anunciou que 4 milhões de doses serão vendidas para outras regiões do país. Segundo Doria, oito estados já manifestaram interesse.
Entretanto, o governador citou nominalmente apenas o prefeito eleito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), e da cidade de Curitiba, Rafael Greca (DEM).
"Nós temos já oito estados do país que solicitaram a vacina CoronaVac ao Instituto Butantan. Alguns governadores vieram até aqui, inclusive, tratar deste assunto conosco. E para citar dois prefeitos entre muitos, mas apenas homenageando o prefeito de Curitiba, que solicitou e já anunciou, inclusive nas suas redes, que fará a aquisição da vacina para imunização dos curitibanos; e o novo prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, me telefonou hoje pela manhã, dizendo que o Rio de Janeiro não vai ficar aguardando o programa de vacinação para o mês de março, desejará vacinar o mais breve possível iniciando pelos profissionais de saúde do Rio de Janeiro. E assim dezenas e dezenas de outros prefeitos de outras cidades, não apenas de estados vizinhos, mas também de estados mais remotos em nosso país", afirmou Doria.
O secretário estadual da Saúde disse esperar que a CoronaVac seja incluída no Programa Nacional de Imunização, mas garantiu que o cronograma estadual será mantido, independente das datas estipuladas pelo governo federal.
“No dia 25 de janeiro, se pudermos ter o governo federal do nosso lado será bem-vindo, não há nenhuma hostilização, nenhum fator que nos impeça de incorporarmos ao programa estadual de imunização ao programa nacional de imunização. Mas se não o fizer, em São Paulo, no dia 25 de janeiro, começamos a salvar vidas no nosso estado com a CoronaVac”Gorinchteyn defendeu ainda que a vacina será destinada aos brasileiros, mas não explicou de que forma o governo paulista pretende fazer para ampliar o acesso de toda a população.
“Todos serão vacinados, garantindo proteção equânime a todos. Esta vacina é do Butantan, mas é do Brasil. Nós não fecharemos a fronteira para os brasileiros de São Paulo apenas. Estamos abertos para brasileiros do Brasil”
Para que a vacina comece a ser distribuída é necessário que o Instituto Butantan envie um relatório à Agência e que o órgão aprove o uso do imunizante.
De acordo com o Butantan, a previsão é a de que as informações sejam enviadas até o fim desta semana e que a Anvisa decida se a CoronaVac cumpre, ou não, todos os requisitos para aplicação até a primeira semana de janeiro.
Durante a coletiva, o governo também confirmou que o envase da matéria-prima recebida na última quinta (3) começou a ser feito nesta segunda.
No dia 1° de dezembro, o governo federal divulgou a estratégia "preliminar" para a vacinação dos brasileiros. No calendário apresentado, a CoronaVac não é citada pelo Ministério da Saúde.
No dia 2, a Anvisa disse que irá aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 solicitem o "uso emergencial" no Brasil e divulgou os requisitos para o pedido.
O "uso emergencial" é diferente do "registro sanitário", que é a aprovação completa para uso de um imunizante. O registro definitivo depende de mais dados e da conclusão de todas as etapas de teste da vacina.
Por conta dos embates políticos, o governo de São Paulo oficializou o programa de vacinação estadual, que será realizado sem apoio do governo federal.
O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da vacina, além da carga de insumos que pode virar até 1 milhão de doses.
Os insumos são os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.
Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.
Número mínimo de infectados
A etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. A expectativa é a de que os dados sejam divulgados pelo governo paulista nas próximas semanas.
Resposta imune e segurança
A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares. É na fase 3, a atual, que é medida a eficácia da vacina.
Fonte: G-1