Valor arrecadado em propina pela organização criminosa chefiada por Crivella chega a R$ 50 milhões, diz MPRJ
DIVERSOS
Publicado em 22/12/2020

 

O Ministério Público disse que a Prefeitura do Rio fazia pagamentos a empresas por conta da propina mesmo 'em situação de penúria' e que o valor arrecadado pela organização criminosa chega a R$ 50 milhões.

 

"A organização criminosa arrecadou dos empresários pelo menos R$ 50 milhões, foi o que conseguimos apurar. Agora, quanto foi para cada um, aí realmente é algo que não temos essa previsão", disse o subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins.

 

Integrantes do MP e da Polícia Civil fluminense concedem entrevista coletiva nesta terça-feira (22) sobre a operação que prendeu o prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos).

O prefeito nega as acusações e diz ser vítima de "perseguição política".

O subprocurador-geral afirmou ainda que há indícios de que a "organização criminosa não se esgotaria" ao fim do mandato e, por isso, houve o pedido de prisão.

 

"Apesar de toda a situação de penúria (da Prefeitura), que não tem dinheiro nem para o pagamento do décimo terceiro, muitos pagamentos eram feitos em razão por conta da propina", disse ele.

A investigação aponta a existência de um "QG da Propina" na Prefeitura do Rio e Crivella seria o líder da organização criminosa. No esquema, de acordo com as apurações do MP, empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela gestão municipal.

A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que deu a ordem de prisão, determinou o afastamento de Crivella a 9 dias do fim do mandato.

O investigador também descartou que a ação tenha ocorrido agora por qualquer interesse político.

 

"Até os 45 do segundo tempo vieram aos autos elementos de prova necessários para a denúncia. A escolha da data não depende da gente, a investigação tem vontade própria. Tivemos uma delação homologada há uma semana. O timing foi esse por ser o tempo da investigação".

Além de Crivella, foram presos também:

Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema;
Fernando Moraes, delegado aposentado;
Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella;
Adenor Gonçalves dos Santos, empresário;
Cristiano Stockler Campos, empresário.

Todos os alvos da operação foram denunciados pelo MP pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

 

 

 

Fonte: G-1

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