O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quarta-feira (27) que o governo federal ainda não fez uma solicitação formal para o lote extra de 54 milhões de doses da CoronaVac que está previsto no contrato do Ministério da Saúde com a instituição. Covas afirma que pode priorizar a produção da vacina para a exportação para outros países, caso o pedido não seja feito em breve.
O contrato par a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até abril. Mas há a possibilidade de solicitação de outros 54 milhões, totalizando 100 milhões.
Até o momento, foram entregues pelo Butantan 6 milhões de doses que chegaram prontas da China e uma parte de 4,1 milhões que foram envasadas no Brasil e liberadas após um segundo pedido de uso emergencial feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para que as outras doses sejam envasadas, ainda é necessária a chegada de matéria-prima vinda da China, que as autoridades estimam que deve acontecer até a próxima semana.
"Nós já estamos produzindo essas 46 [milhões]. Com a chegada da matéria-prima, o início vai acontecer muito rapidamente, então, vamos cumprir o cronograma com possibilidade até de adiantamento. Mas precisamos agora da definição das 54 milhões adicionais", disse Dimas Covas em coletiva de imprensa nesta quarta.
"Todos os países aos quais o Butantan tem a obrigação do fornecimento de vacinas, que são aqui da América Latina, estão cobrando os cronogramas. Se houver a resposta positiva, do Ministério, de mais 54 milhões, nós vamos fazer um planejamento para ter as 54 milhões, mais as 40 milhões dos países vizinhos. Não havendo a manifestação do ministério, nós vamos dirigir a produção para atender os países. Inclusive, com a possibilidade até de aumentar a oferta de vacina, porque existe uma demanda muito grande nesse momento."
Fonte: G-1