A análise preliminar também mostrou que efeitos adversos graves e que precisaram de atendimento médico "ocorreram em níveis baixos e foram equilibrados entre os grupos vacina e placebo", disse a Bharat.
Tecnologia e uso na Índia
A Covaxin é baseada em vírus inativados. Essa técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e a produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir. Ela é administrada em duas doses.
Os resultados vêm em um momento em que a Índia luta para convencer seus profissionais de saúde e da linha de frente a tomarem a vacina da Bharat Biotech, que foi aprovada de forma polêmica em janeiro ainda sem os resultados da Fase 3.
Somente 11% dos mais de 10 milhões de indianos vacinados receberam a Covaxin até a semana passada, de acordo com a Reuters. Por isso, muitos políticos, incluindo o primeiro-ministro Narendra Modi, foram vacinados com a vacina indiana, na tentativa de aumentar a confiança da população no imunizante.
Em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde informou ter assinado um acordo para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin.
"As primeiras 8 milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de 4 milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato", informou a pasta. O investimento foi de R$ 1,6 bilhão.
A Covaxin ainda não teve seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Até o momento, a Anvisa autorizou o uso emergencial de duas vacinas, a CoronaVac, desenvolvida pela China em parceria com o Instituto Butantan, e a da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Fonte: G-1