Balanço da vacinação contra Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo consórcio de veículos de imprensa com base em dados dos estados, aponta que 23.847.792 pessoas já receberam a primeira dose de vacina. O número representa 11,26% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 7.391.544 pessoas (3,49% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 31.239.336 doses foram aplicadas em todo o país.
Secretaria para ações contra a Covid
O ministro também disse que o governo deve publicar uma medida provisória para criar uma secretaria específica para ações contra a Covid. Ele afirmou ainda que a responsável pelo órgão deve ser Franciele Francinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização e técnica do Ministério da Saúde.
Protocolo para transporte público
Ainda de acordo com o ministro, o governo avalia a publicação de um protocolo com orientações para uso do transporte público em todo o país.
O objetivo é evitar aglomerações e, consequentemente, o contágio dentro dos veículos.
Queiroga voltou a ressaltar a importância do uso de máscaras, como tem feito desde que assumiu o cargo. Nesse ponto, o posicionamento do ministro se difere da postura do presidente Jair Bolsonaro, que costuma comparecer em público sem máscara e não faz discurso em favor do uso do equipamento.
O ministro Marcelo Queiroga afirmou que o Plano Nacional de Imunizações tem capacidade para vacinar até 2,4 milhões de brasileiros por dia.
Mas que o país não tem vacinas suficientes para isso. Ele afirmou que esse é um problema mundial. Segundo o secretário Executivo do ministério, Rodrigo Cruz, a previsão é de que no segundo semestre o Brasil tenha doses suficientes para vacinar com mais velocidade a população. Para tentar acelerar a vacinação ainda neste semestre, Cruz afirmou que o ministério tenta negociar, com outros países mais avançados na vacinação, uma forma de trocar remessas.
Em vez de o país que já está mais adiantado receber novas remessas agora, esse montante seria enviado para o Brasil e, no segundo semestre, as doses que viriam para o Ministério da Saúde seriam direcionadas para os países parceiros, que cederam doses antecipadamente para o Brasil. O secretário não informou que países estariam fazendo parte dessa negociação.
O ministro afirmou também que segue negociando diretamente com fabricantes para tentar conseguir mais doses para o Brasil ainda este semestre, mas evitou dar detalhes das negociações que ele classificou de sensíveis.
Sobre atrasos na entrega do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) ao Instituto Butantã e à Fiocruz, o ministro afirmou que a matéria prima já chegou e que apesar do atraso os dois fabricantes brasileiros garantiram que vão conseguir cumprir os compromissos firmados com o ministério da Saúde, sem citar números. O secretário-executivo Rodrigo Cruz afirmou ainda que está intensificando o diálogo com países fabricantes de IFA para regularizar e até antecipar a entrega do insumo.
Sobre a possibilidade de a iniciativa privada comprar vacinas, como vem sendo discutido no Congresso, o ministro afirmou que o problema não é fazer a compra e sim ter vacina disponível para comprar. Ele afirmou que se o Congresso aprovar a lei, não se trata de furar fila e que ele cuida de políticas públicas. “Se é lei, não é furar fila”, disse Queiroga.
Abril: 30 milhões de doses
Queiroga voltou a afirmar que para o mês de abril estão garantidas 30 milhões de doses de vacinas. Mas não informou qual vai ser o montante distribuído para os estados, municípios e o Distrito Federal, nesta semana. O ministro não falou em desabastecimento. E disse que a orientação, conforme o último informe técnico do ministério da Saúde, segue sendo utilizar todas as vacinas para a aplicação da primeira dose.
Sobre os testes que estão em estoque e prestes a vencer (valem até 31/05/21), o secretário-executivo Rodrigo Cruz afirmou que o ministério vai atender à orientação do Tribunal de Contas da União, mas não explicou como nem quando vai ser feita a distribuição desses testes.
O ministro terminou anunciando que o ministério da Saúde vai ofertar 300 vagas para a formação de médicos intensivistas, já que nesse momento, além de carência de medicamentos, leitos e vacina, há também uma carência de profissionais de saúde habilitados para atuar nas unidades de terapia intensiva de todo país
Fonte: G-1