O astronauta Michael Collins, da missão que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin para a Lua em 1969, morreu aos 90 anos, informou sua família nesta quarta-feira (28) em um comunicado.
"Nós lamentamos compartilhar que nosso amado pai e avô morreu hoje após uma valente batalha contra o câncer", disse a família em nota. "Ele passou seus últimos dias em paz, com a família ao seu lado. Mike sempre encarou os desafios da vida com graça e humildade, e enfrentou este seu último desafio da mesma maneira."
"Nós vamos sentir muita falta dele, mesmo que a gente saiba como o Mike se dizia sortudo por ter vivido tudo o que viveu", escreveu a família. "Vamos honrar seu último pedido de que nós celebrássemos sua vida, e não lamentássemos sua morte."
Michael Collins, foi um dos três integrantes da missão Apollo 11, que há mais de 50 anos partiu com Neil Armstrong e Buzz Aldrin em direção à Lua.
Armstrong faleceu em agosto de 2012. Aldrin, é o último da missão que está vivo e completou em janeiro, 91 anos – apenas os dois pisaram em solo lunar na missão de 1969. Collins permaneceu todo o tempo em órbita.
Em 2019, durante uma visita ao Cabo Canaveral, na Flórida, de onde partiu para a missão pioneira, Collins falou com a imprensa e disse que "sentia o peso do mundo" sobre os ombros.
"A Apollo 11 foi uma coisa séria. Nós da tripulação sentimos o peso do mundo em nossos ombros. Todos os olhos estavam voltados para nós, queríamos ser os melhores possíveis", lembrou na ocasião.
Enquanto seus colegas caminhavam sobre a superfície lunar recolhendo materiais para estudo, Collins foi o responsável por manter o controle da aeronave que orbitava ao redor da Lua para assegurar o retorno dos pioneiros à Terra.
De volta ao planeta, o piloto abandonou a carreira na Nasa para trabalhar na Casa Branca em 1970. Depois desta investida na política, Collins dirigiu o Museu Smithsonian de Washington e abriu uma consultoria aeroespacial.
Fonte: G-1